Os homens sedentários estão mais propensos a sofrer de impotência
sexual, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22/6) pela Secretaria da
Saúde do Estado de São Paulo. O levantamento feito com pacientes do Centro de
Referência da Saúde do Homem indicaram que, em 90% dos casos de incidência da
doença, os homens apresentavam uma vida sedentária. A unidade de saúde atende a
cerca de 300 pacientes ao mês com disfunção sexual.
Para ter uma ereção, o homem usa o toque, a visão, a memória e os
pensamentos. De outro lado, o sedentarismo gera hipertensão arterial sistêmica,
colesterol e triglicerídeos altos. Esses são fatores de riscos para doenças
cardiovasculares, que por sua vez formam as principais causas orgânicas da
disfunção erétil, tornando os vasos sanguíneos mais rígidos e dificultando a
vasodilatação no pênis. Além disso, o acúmulo de peso e gordura na região
abdominal reduzem a produção de testosterona, o hormônio masculino importante
para o desempenho sexual. O uso de cigarro também foi apontado pela pesquisa
como uma das causas do problema: 40% dos pacientes com a disfunção eram
fumantes.
Segundo o urologista Joaquim Claro, médico chefe do Centro de Referência
da Saúde do Homem, o cigarro entope os vasos e a consequência disso é que a
circulação de sangue no pênis se torna bem menor. “Os pacientes tabagistas com
mais de 55 anos dificilmente vão deixar de apresentar algum grau de impotência
sexual. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao dos fatores orgânicos
como a diabetes”, explica.
No Brasil, 25 milhões de homens acima dos 18 anos já apresentaram
disfunção ao menos uma vez na vida e, na faixa dos 40 anos, mais de 40% não
conseguem ter relações sexuais por falta de ereção. O tratamento da disfunção
sexual masculina é feito com terapia de apoio, medicamentos ou implantação de
prótese peniana.
Fonte: Correio Braziliense
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