O
ser humano tem tendência à inércia e, com as facilidades do mundo atual como
carro, controle remoto, computador, smartphones, a verdade é que as pessoas se mexem
cada vez menos.
Ninguém
duvida que o sedentarismo traz prejuízos para a saúde, e isso a curto, médio e
longo prazo. Pesquisas surgem a todo o momento a comprovar o fato. A mais
recente, publicada na revista médica britânica Lancet, estima que a falta de
exercício tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.
Os
estudiosos dizem que o problema é tão grave que deveria ser tratado com uma
pandemia. Também, não é para menos: a inércia é responsável por uma em cada dez
mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou
câncer do reto. E mais: estima-se que um terço dos adultos não se mexa o
suficiente, o que resulta na morte de 5,3 milhões de indivíduos por ano em todo
o mundo.
Moisés
Cohen, chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia,
Reabilitação e Medicina do Desporto), concorda com a gravidade da questão. Apesar
de todo o estímulo à prática da atividade física e da divulgação constante das
sequelas que a falta de exercício traz, vemos que o sedentarismo chegou a
níveis epidémicos na população mundial. Não diria que é uma pandemia, mas sem
dúvida podemos arriscar falar em epidemia.
Segundo
o médico, temos que combater o sedentarismo por uma questão de saúde, e não apenas
estética. A pessoa que não se movimenta acaba sujeita a lesões de toda a ordem:
no sistema locomotor, atingindo músculos, ossos e cartilagens; na parte
clínica, provocando doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol elevado e
outros distúrbios. Hoje, levando em conta a longevidade da população,
precisamos de pensar em como queremos chegar aos 80, 90 anos. Para ter
qualidade de vida nesta faixa etária, é imprescindível investir agora em
atividade física, e de forma completa: fazendo modalidades aeróbias e
anaeróbias, para beneficiar o corpo como um todo.
Fonte: Diário Digital
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