Tradução Renata Souza, revisão Anderson Brandão
Especialistas em Obesidade estão
preocupados com a alfabetização calórica.
As pessoas normalmente não sabem
quantas calorias elas estão comendo, quanto elas precisam ou quanto elas queimam,
dizem os especialistas, que propõe maior destaque da quantidade de calorias nos
rótulos.
O ‘Canadian Obesity Network’, um grupo de especialistas em obesidade,
mostraram as pessoas algumas comidas e pediram que eles tentassem adivinhar a
quantidade de calorias que os itens contêm.
Muitos canadenses foram abaixo do
esperado, disse Dr. Arya Sharma, que
organizou a pesquisa.
“Quando mostramos as pessoas o rótulo das comidas e pedimos que
calculassem quantas calorias eles estariam comendo se consumissem uma colher de
sopa, poucos canadenses conseguiram calcular o número”.
Sharma esta preocupado com as
consequências da alfabetização calórica considerando que 2/3 dos canadenses
estão acima do peso e ¼ dos adultos são clinicamente obesos, de acordo com as
estatísticas.
“As calorias são as moedas da manutenção do peso”, disse Sharma. “Se
você não sabe quantas calorias esta comendo, você não o que o seu corpo faz com
as calorias, você não sabe para onde as calorias vão. Isso é como tentar
gerenciar sua conta no banco sem saber a quantidade de dinheiro você ganha ou
quanto que cada coisa custa”.
ADIVINHAR CALORIAS
As mulheres necessitam em média
de 2.000 calorias por dia enquanto os homens precisam de uma média de 2.400
calorias, disse Sharma.
Na Universidade de Waterloo, David
Hammond descobriu que as pessoas consumem 11% a menos de calorias quando a
informação nutricional esta disponível nos menus dos restaurantes comparando
com um grupo controle, uma diferença de cerca de 100 calorias. Um estudo
anterior nos EUA teve o mesmo resultado.
Hammod concorda que a maioria das
pessoas não sabe a recomendação diária de calorias, mas eles conseguem comparar
os itens, como 210 calorias de um ‘muffin’ pequeno contra 240 calorias de um ‘muffin’
grande.
Tendo esse relativo senso de
calorias quando for fazer escolhas ajuda a escolher melhor, ele diz.
Outra opção é usar um padrão de
luz como os sinais de trânsito, com calorias em verde, amarelo e vermelho. Os
alimentos pré-embalados no Reino Unido usam esse padrão.
“É muito difícil se não impossível adivinhar quantas calorias tem uma
refeição, mesmo nutricionistas treinados não conseguem”, disse Hammond. “A
melhor forma de obter a informação é através do menu quando estiver escolhendo
o que comer”.
Os consumidores acham que a salada no fast food tem menos calorias que
um sanduiche mas isso nem sempre é assim, ele disse.
Muitos restaurantes
voluntariamente fornecem a informação nutricional mas eles as colocam em locais
difíceis para os consumidores acharem, em seus web site e em posters longe dos
caixas, afirmou Bill Jeffrey.
Nos EUA uma norma federal vai
começar a requisitar as calorias nos menus dos restaurantes de grandes redes.
No Canadá, medidas voluntárias
estão em vigor há vários anos, mas Jefrrey
as chama de ineficazes.
Sharam está preocupado que as pessoas se tornem obsessivas em
contar calorias, o que ele quer na verdade é que elas tenham uma ideia de
quantas calorias existem nas comidas quando forem decidir o que comer.
Fonte: CBC News
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