Apesar de os benefícios da atividade física serem
conhecidos, maioria não inicia a prática
Diretor do Laboratório de Psicologia da Universidade da Georgia, Rod
Dishman fica incomodado quando estudantes se inscrevem em uma das aulas de
fitness oferecidas pela universidade. Isso porque é uma aula da caminhada.
— É um pecado um jovem saudável e capaz se inscrever numa aula de
caminhada. Eles estão ganhando crédito por evitar fazer qualquer esforço —
disse.
E aí reside um problema, afirma Dishman e outros pesquisadores. A
mensagem da saúde pública sobre exercícios é que qualquer quantidade é benéfica
e a caminhada tem seu papel. Todos dizem, repetidamente, que exercício regular
melhora saúde e torna as pessoas mais felizes e mais dispostas. Praticamente
todos os americanos dizem que já ouviram estas mensagens. Eles sabem que
exercício faz bem e eles deveriam praticar algo. Mesmo assim eles não o fazem.
Leia: http://blog.seupersonaltrainer.com.br/2012/08/estudiosos-britanicos-ja-consideram-o.html
Leia: http://blog.seupersonaltrainer.com.br/2012/08/estudiosos-britanicos-ja-consideram-o.html
Cerca de 40% dos americanos afirmam que eles nunca se exercitam, um
sintoma que tem permanecido estável em décadas. Apenas 3,5% dos americanos com
idades entre 18 e 59 anos fazem a mínima quantidade de atividade física recomendada,
de 150 minutos por semana de exercício moderado. Entre os com mais de 60 anos,
a percentagem é ainda menor: 2,5%.
Se os americanos sabem que o exercício faz bem, por que eles não
incorporam a mensagem? E se a atividade física faz as pessoas se sentirem tão
bem, por que elas apenas não começam a praticá-la?
Talvez, alguns pesquisadores dizem, o problema é a mensagem. Obviamente ela não
teve muito efeito. A ideia agora é fazer uso das ferramentas que a psicologia
desenvolveu para para avaliar o humor das pessoas durante o exercício,
perguntando o quão bem ou mal elas se sentem na medida em que a intensidade
varia.
Numa série de estudos, o pesquisador da Universidade de Iowa,
Panteleimon Ekkekakis e seus colegas descobriram que a intensidade e o tempo do
exercício se mostravam prazerosos para os indivíduos de formas diferentes.
Leia: http://blog.seupersonaltrainer.com.br/2012/07/sedentarismo-mata-tanto-quanto-cigarro.html
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Segundo os cientistas, não está claro o motivo deste fenômeno no
cérebro, mas apenas prescrever uma série de exercícios, como de 20 minutos de
caminhada por dia, cinco dias por semana, realmente não está funcionando. Nem os programas que se dizem muito intensos e curtos.
Para se encorajar o exercício físico, talvez as mensagens deveriam
orientar as pessoas a encontrar uma atividade e um nível de intensidade que as
faça sentir bem.
— As pessoas gostam de fazer coisas que as façam sentir melhor, e elas
vão evitar aquilo que as sinta pior. A ideia é motivá-las a se exercitar também
no dia seguinte — afirmou Ekkekakis.
Fonte: Globo
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